PROGRAMA SALUTOGÊNESE
IDEALIZADO POR LUCIANA FERNANDES – BEM SER SAÚDE
ENCONTROS BEM SER SAÚDE – 8 ENCONTROS DE 3 HORAS DE DURAÇÃO – Um encontro por mês.
O ponto de partida dos encontros salutogênicos são rodas de conversa onde diálogos interativos e reflexões em pequenos grupos são facilitadas, no sentido de um diálogo salutogênico que visa possibilitar a compreensão da salutogênese, reflexões em grupo que visam integrar o significado das percepções de cada um, de forma que esse novo conceito de saúde possa ser praticado.
Conteúdos, contextos, desenhos, imagens, vídeos e atividades práticas serão utilizadas para integrar o significado da abordagem salutogênica.
Os temas trabalhados em cada encontro serão as 7 CONDIÇÕES PARA UM DESENVOLVIMENTO HUMANO SADIO, descritas abaixo e definidas por Rudolf Steiner.
Antes de adentrarmos aos temas propostos abaixo, será realizado um encontro introdutório para apresentar a Salutogênese, por essa razão 8 encontros fazem parte dessa proposta:
Encontro 1: Apresentação e dialogo sobre o do novo conceito de saúde, a Salutogênese, que quer dizer a origem da saúde;
• Sentido da vida e saúde
• Espiritualidade e saúde
• Destino, carma e saúde
• Compreensibilidade - senso cósmico e saúde
• Significabilidade - Afeto e saúde
• Manuseabilidade - Vontade de Viver e saúde
• Sexualidade, Relacionamentos e saúde
• O cuidar de si e a saúde
• Meditação e saúde
• Cultura e saúde
• Humor e saúde
• Corpo e saúde
Encontro 2: Apresentação e diálogo sobre a 1o condição para um desenvolvimento humano saudável: Relação correta com o prazer e com o dever;
Encontro 3: Apresentação e diálogo sobre a 2o condição para um desenvolvimento humano saudável: Sentir-se qual um membro de toda a vida existente;
Encontro 4: Apresentação e diálogo sobre a 3o condição para um desenvolvimento humano saudável: Tomar consciência que seus pensamentos e sentimentos tem tanta importância para o mundo quanto seus atos;
Encontro 5: Apresentação e diálogo sobre a 4o condição para um desenvolvimento humano saudável: Ter a concepção de que a verdadeira entidade do ser humano não reside no exterior, mas no interior;
Encontro 6: Apresentação e diálogo sobre a 5o condição para um desenvolvimento humano saudável: Perseverança na obediência a uma decisão;
Encontro 7: Apresentação e diálogo sobre a 6o condição para um desenvolvimento humano saudável: Desenvolvimento do sentimento de gratidão;
Encontro 8: Apresentação e diálogo sobre a 7o condição para um desenvolvimento humano saudável: Compreender a vida incessantemente no sentido em que as condições o exigem.
FACILITADORA
Luciana Fernandes, Educadora, Palestrante e Empreendedora, atuou na indústria farmacêutica por anos. Até se deparar com a salutogênese. Farmacêutica e Bioquímica, pós graduada em gênero e sexualidade, pesquisa e farmácia clínica, facilitadora de grupos e palestrante, com uma ampla especialização em ciências humanas através da Antroposofia. Estudou o método científico de Goethe na Inglaterra e é formada no Futuro da Aprendizagem, uma metodologia Holandesa de desenvolvimento humano. Idealizadora da Bemser Saúde. Na sua história acumula mais de 20 anos de experiência em saúde, educação e desenvolvimento humano. Seu trabalho está pautado em três pilares, a Salutogênese, O Novo Aprendizado do Adulto e a Teoria U.
METODOLOGIA UTILIZADA EM TODAS AS ATIVIDADES PROPOSTAS DENTRO DO PROGRAMA BEM SER SAÚDE
Meu trabalho como instrutora de promoção saúde é calcado nas três principais fontes de saúde: senso de coerência ( Aaron Antonovsky) ; o efeito protetor do amor (Viktor Frankl ) e o princípio de responsabilidade e a relação com Deus (Hans Jonas).
Também exploro as sete condições para um desenvolvimento humano saudável propostas por Rudolf Steiner e tudo isso facilitado através da metodologia dos Sete Processos Vitais do Novo Aprendizado do Adulto. (Metodologia de aprendizagem saudável).
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O racional na escolha da metodologia está no principio norteador do Novo Aprendizado do Adulto como um método que possibilita a criação de algo totalmente novo no mundo, através do desenvolvimento de novas habilidades individuais e sociais na tratativa da promoção de saúde. Considerando que vivemos há mais de trezentos anos na patogênese e na prevenção de doenças, e algo novo deve ser criado para a revitalização da vida e da saúde.
Os 7 processos vitais em si possuem os elementos da manutenção da vida e por essa razão podem atuar nesta direção (promoção da saúde e manutenção da vida); São eles: Respiração, Aquecimento, Nutrição, Secreção, Manutenção, Crescimento e Reprodução.
Durante o WS esses processos estarão sendo vividos nas atividades propostas entre conteúdos, contextos, desenhos, imagens, e atividades práticas e reflexivas, de forma a possibilitar a integração do significado da abordagem salutogênica.
OBJETIVO:
O objetivo principal deste PROGRAMA é contribuir com o novo paradigma da saúde, a Salutogênese.
Vamos explorar a Salutogênese como ponto central da promoção da saúde e como ela pode ser uma experiência benéfica e uma abordagem econômica para melhorar a saúde. Primeiramente vamos transformar nosso olhar pautado na busca da doença e sua extinção, para uma nova cultura que tenha real interesse em pesquisar e desenvolver a saúde. Outro objetivo do aprofundamento é desenvolver a compreensibilidade, a significabilidade e a manuseabilidade dos participantes como bases para o fortalecimento do senso de coerência, uma nova habilidade que os ajude a compreender o significado dos acontecimentos e o capacite em atuar na direção da manutenção da vida e promoção de saúde.
Um forte senso de coerência é uma capacidade fundamental para a promoção de saúde.
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Antonovsky nos traz o senso de coerência, um sentimento de que tudo que existe encontra-se inserido num contexto geral. Somente quando o ser humano conseguir se encaixar nos grandes e pequenos contextos universais da sua vida, encontrará o sentido de viver. Assim também conseguirá fortalecer seu senso de coerência. Quando isso acontece, há promoção de saúde. Adultos, crianças e jovens precisam aprender que o mundo pode ser compreendido, ele é significativo, valioso, sensato, mas, o mais importante: é possível manejá-lo.
Tudo que nos acontece, por estarmos inseridos neste planeta, também pode ser entendido, tem significado e é manuseável.
A forma do encontro será pautada nos Sete Processos Vitais, uma metodologia salutogênica, pois convida a pessoa a compreender, significar e manusear os conteúdos apresentados.
NARRATIVA DO CONTEÚDO A SER APRESENTADO E RACIONAL PARA O PROGRAMA
Um breve resumo sobre salutogênese:
O que é Salutogênese: é a origem da saúde. Como a palavra diz, ela tem como intenção pesquisar, desenvolver e cocriar novas formas de promoção de saúde.
Por cerca de 300 anos vivemos pautados na patogênese, que significa a origem do patógeno. Quer dizer, o tempo todo estamos interessados no patógeno. Essa é uma linha da medicina - na qual, inclusive, tive a minha formação -, que tem o ponto de partida sempre na seguinte vertente: qual é a bactéria contaminadora, ou o vírus, e como combatê-los para sanar a doença que eles acometem. As formas de cuidado estão na exclusão do fator de adoecimento. Enfim, o olhar é somente direcionado para a doença. É assim que estamos no mundo em relação à saúde.
Esse novo paradigma da saúde – é assim que eu gosto de chamar, pois o paradigma da patogênese já existe há bastante tempo -, foi estudado por três grandes pesquisadores, Aaron Antonovsky,
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Viktor Frankl e Hans Jonas. Existem outros estudiosos, mas vou me atentar a esses três, porque a forma com que trabalho - levar o conceito da Salutogênese para as pessoas - está ajustada nos conceitos deles.
A Antroposofia – minha linha de estudo e de caminho na vida – também tem como fundamento a Salutogênese. Por exemplo, a filosofia Waldorf é totalmente salutogênica, ela promove saúde. Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, trouxe ao mundo caminhos para um desenvolvimento humano saudável.
O que temos que ter em mente é que saúde não é a ausência de doença. Saúde é saúde. Doença é doença. O ser humano é o indivíduo que pode direcionar isso e lidar melhor com esses limiares entre saúde e doença.
Então, Salutogênese é na verdade uma nova ciência que pesquisa as fontes de saúde no nível físico, anímico (da alma) e espiritual. Tem como fim promover saúde, diferente da patogênese que visa impedir a doença.
Por isso, a Salutogênese é um novo paradigma de saúde. Se quisermos começar a estar conectado com esse modelo e implementá-lo no mundo, nossa mente deve estar focada primeiramente em duas perguntas: De onde vem a saúde? Como ela pode ser fortalecida? Não mais nas questões: De onde vem a doença? Como pode ser evitada? Essa é a diferença entre os dois paradigmas.
Do ponto de vista salutogênico, temos que nos perguntar: por que eu peguei essa doença enquanto pessoas ao meu redor continuam sadias?
A questão do porque uma pessoa se contagia e outra não é fonte de pesquisa salutogênica.
A Salutogênese surge no mundo na década de 1960 e, pelo próprio paradigma patogênico ainda se manter sustentável, naquela época teve pouca visibilidade. Hoje, olhando sob a perspectiva econômica, essa nova ciência começa a se tornar interessante para todos os âmbitos, principalmente para o da saúde.
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As doenças psicossociais que enfrentamos, sobremaneira no trabalho, convidam as pessoas a se conectarem mais com a origem da saúde.
Atualmente, males como o estresse, depressão, ansiedade e síndrome de Burnout, são a segunda maior causa de afastamento no trabalho. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, se nada for feito, nos próximos 100 anos teremos uma média de 50% da população farmacodependente. Toda essa gente estará dependente de um medicamento para realizar uma função biológica natural, orgânica e vital. Entre elas, dormir, acordar, ir ao banheiro, se alimentar e manter um nível de pressão arterial e de açúcar de forma harmônica no corpo.
Nos dias atuais, a porcentagem é de 10 a 15% de farmacodependência. Quer dizer que isso irá aumentar de uma forma gritante. Cinquenta por cento de uma população farmacodependente equivale a uma população 80% doente e 20% saudável. Obviamente isso implica numa falência econômica, uma vez que não existe nenhum sistema que se mantém com 80% das pessoas enfermas. Por isso, uma sociedade 20 por 80, além de doente, é economicamente falida. Assim, o paradigma salutogênico começa a ganhar destaque.
Aaron Antonovsky, considerado o pai do paradigma salutogênico, teve uma história interessante. Aos 18 anos foi soldado na Segunda Guerra Mundial e com cerca de 50 anos começou a pesquisar o estado de saúde das mulheres idosas em Israel. Para sua surpresa, ele percebe que as mulheres mais saudáveis foram as sobreviventes do Holocausto. Com base nessa pesquisa Antonovsky cria a Teoria do Senso de Coerência (SOC),
Segundo Antonovsky, a salutogênese responde à questão do que cria saúde, enfocando mecanismos que geram e melhoram a saúde. Além disso, a salutogênese é um conceito abrangente que abrange várias abordagens e conceitos teóricos que têm em comum uma abordagem de recursos / ativos à saúde.
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Originalmente baseada em um estudo epidemiológico de mulheres que sofreram eventos de vida extremamente estressantes, algumas delas vítimas do Holocausto, mas que ainda, como qualquer outra pessoa, foram capazes de viver e administrar vida plenamente. Entrevistas profundas trouxeram a teoria do SOC e os instrumentos de pesquisa.
A chave era a capacidade de usar os recursos disponíveis, a reorientação da perspectiva de vida de uma pessoa, juntar as peças, refletir e continuar a estabelecer um caminho diferente para o curso de vida de uma pessoa, apesar de tudo, e encontrar apoio construtivo para uma continuação por meio interno ou externo. Desenvolver recursos. O foco está na vida, onde a saúde serve como um recurso. Essa capacidade de usar os recursos foi nomeada como Senso de Coerência (SOC) por Antonovsky.
Quanto mais forte esse Senso de Coerência, melhor a capacidade de gerenciar a vida e todos os seus desafios. Na visão de Antonovsky, essa era uma abordagem de sistema em que a coerência entre indivíduos e suas estruturas de suporte cria um sistema interativo. Portanto, pode-se pensar em termos de um SOC coletivo que vise comunidades, instituições e a sociedade em geral.
A chave aqui é novamente como um sistema sustentável para o suporte à vida pode ser criado usando os recursos disponíveis. Um outro aspecto positivo desse novo paradigma da saúde é o aumento da capacidade das pessoas lidar com condições crônicas, como doenças não transmissíveis (DNTs). Pessoas com uma forte capacidade salutogênica gerenciam essas condições melhor que a média. Uma forte capacidade salutogênica também se inclina a comportamentos construtivos de saúde.
As evidências salutogênicas mostram que um individuo com um forte SOC possui uma maior facilidade na tratativa de doenças crônicas e uma vida mais saudável e feliz, e que diminui os custos em comparação com a média.
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A salutogênese não pode curar as DNTs (Doenças não Transmissíveis), mas um SOC forte melhora seu efeito e facilita a convivência com ele, tornando-o mais barato para a sociedade.
No entanto, embora o SOC reforce as dimensões social, existencial e física da saúde por meio da capacidade de enfrentar o estresse com sucesso, sua correlação mais forte está ligada à dimensão mental da saúde em termos de bem-estar, qualidade de vida ou percepção de saúde.
Ainda faltam cálculos detalhados de saúde econômica. No entanto, parece que as pessoas que são afastadas por problemas de saúde no trabalho, mas têm uma forte capacidade salutogênica, tendem a voltar ao trabalho. Essas pesquisas foram realizadas por GWG – SAL ( Grupo de Trabalho Global sobre a Salutogênese) presente na Noruega.
Esse mesmo grupo afirma que um cálculo de impacto na saúde na Finlândia indicou que o custo total da queda precoce da força de trabalho é tanto quanto um dia útil anual da força de trabalho em todo o país e uma perda de € 30 bilhões por ano. Com estratégias salutogênicas no local de trabalho, isso poderia ser amplamente evitado. Também ficou provado que não é apenas o bem-estar dos funcionários que aumenta quando a salutogênese é implementada - a produtividade das organizações também aumenta.
O que a evidência empírica nos diz é que as pessoas que desenvolvem essa capacidade vivem mais que a média, em termos de Saúde para Todos: Adicionando Anos à Vida.
É essa a razão porque venho me dedicando ao tema Promoção de Saúde e não Prevenção de Doença.
Temos que focar no que é saúde.
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O que é saúde, afinal? Tornar-se sadio, ileso por inteiro, significa integração. A doença sempre é consequência de isolamento ou desintegração de processos, funções ou substâncias isoladas no organismo. A nossa tarefa como indivíduo é se integrar, é acompanhar o que vem acontecendo no cotidiano da cultura e do nosso viver. Em outras palavras, é acompanhar as grandes metas da humanidade, para onde queremos ir como seres humanos, de forma que estejamos totalmente integrados ao mundo. Uma pessoa agregada ao mundo é saudável e inteira.
Já Abraham Maslow, fundador da Psicologia e Psicoterapia Humanista, se surpreendeu durante sua pesquisa sobre a saúde anímica, a psique do ser humano. Para encontrar esses critérios de avaliação da saúde da alma ele examinou pessoas sadias. Sua descoberta foi que os indivíduos mais saudáveis tinham tido experiências de caráter espiritual, que demonstravam uma relação com Deus. Maslow diz que todas as pessoas possuem em si um núcleo psiquicamente sadio e cada uma pode encontrar a forma adequada de fortalecer esse núcleo. Esse fortalecimento tem relação com a maneira como a pessoa interage com os problemas ao seu redor. À medida que ela sabe interagir com a problemática em si e em seu meio, fortalece o centro saudável do ser humano.
Viktor Frankl é outro que teve papel importante no paradigma salutogênico. Idealizador da logoterapia, ele também foi um sobrevivente do Holocausto, passou um tempo nos campos de concentração nazistas. O neuropsiquiatra afirma que uma experiência verdadeira de amor na vida faz com que o indivíduo consiga lidar com profundas adversidades. Ele conta que o que o manteve lúcido durante a época de terror foi ter vivido uma relação afetuosa com sua esposa. Assim, Frankl nos traz uma noção de Salutogênese onde o amor tem efeito protetor da sanidade e da saúde.
Esse é um aspecto que na forma em que trabalho a Salutogênese é vivenciado, é trazido à luz para que percebamos a importância das relações verdadeiramente afetuosas na promoção da saúde. Ter uma relação com alguém confiável é fonte de saúde valorosa.
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Hans Jonas, grande pesquisador da Salutogênese, traz o princípio da responsabilidade. Para ele, o ser humano tem que encontrar uma nova relação com Deus, algo que está no nível da individualidade. Assim como Frankl e Antonovsky, Jonas era judeu e perdeu a mãe na câmera de gás. A partir desse momento ele fica com uma grande indagação na sua alma. Para a comunidade judaica Deus vive na história e no tempo. Ele se perguntava: se Deus vive aí, como Ele pode existir e permitir a ocorrência de um Holocausto? É assim que Jonas começa tentar entender esse processo. Para tanto, se transforma por inteiro para compreender que Deus deu ao homem a liberdade e o livre arbítrio. Cabe ao homem, então, fazer suas escolhas. “O Holocausto não foi uma escolha de Deus”, afirma. “Foi uma escolha do homem.” Para que o homem efetivamente exerça seu papel de cocriador ele tem que construir uma nova relação individual com o Divino, para que não seja um destruidor, mas, sim, a imagem e semelhança de Deus. Esse é o princípio da responsabilidade como fator promotor de saúde.